Os Arsárcidas
Sob Nero, os romanos travaram uma campanha (55-63 d.C.) contra o Império Parto, que invadira o reino da Armênia, aliado dos romanos. Depois de tomar a Armênia em 60, e depois perdê-la em 62, os romanos enviaram da Panônia a legião XV Apolinaris para apoiar Cneu Domício Corbulo, legado romano da Síria. Em 63, reforçado pelas legiões III Gallica, V Macedonica, X Fretensis e XXII Deiotariana, o general Corbulo entrou nos territórios do rei Vologases I da Pártia, que em seguida devolveu o reino armênio para Tiridates, o rei aliado de Roma, que era da casa real parta dos Arsácidas. Outra campanha foi liderada pelo imperador Lúcio Vero em 162-165, após Vologases IV da Pártia ter invadido a Armênia e instalado seu títere no trono. Para combater a ameaça parta, Vero partiu para o oriente. Seu exército conquistou vitórias significativas e retomaram a capital. Soemo, um príncipe siro-romano de ascendência armênia, foi instalado como o novo rei cliente. Mas, durante uma epidemia entre as forças romanas, os partos retomaram a maior parte do território perdido em 166. Soemo retirou-se para a Síria e a dinastia arsácida foi restaurada sobre a Armênia.
A Armênia Arsácida em torno de 150 d.C. |
Cristianização
Depois que Gregório, o Iluminador, espalhou a fé cristã na Armênia, Tiridates III se converteu ao cristianismo e o tornou a religião oficial do seu reino. A data tradicional para a conversão da Armênia ao cristianismo é estabelecida em 301, antecedendo assim a conversão do imperador romano Constantino, o Grande, e do Edito de Milão, que são mais conhecidos no mundo ocidental. O alfabeto armênio foi criado por São Mesrop Mashtots em 406 com a finalidade de tradução da Bíblia e evangelização. Isso também marca o início da própria literatura armênia.
Mosaico do século XIV retratando Gregório, o Iluminador, apóstolo da Armênia |
O Império Romano e o Império Sassânida disputam a Armênia
Em 224 o rei persa Ardashir I derrubou os Arsácidas na Pártia e fundou uma a nova dinastia persa: os Sassânidas. Os sassânidas estavam determinados a restaurar a antiga glória da Pérsia Aquemênida (Império Medo-Persa), proclamaram o zoroastrismo como religião do Estado e consideraram a Armênia como parte de seu império. Para preservar a autonomia dos Arsácidas na Armênia, Tiridates II procurou relações de amizade com Roma. Esta foi uma escolha infeliz, porque o rei sassânida Shapur (Sapor) I derrotou os romanos e fez as pazes com a imperador Filipe, o Árabe, que ficou impedido de ajudar os armênios. Em 252 Shapur I invadiu a Armênia e forçou Tiridates II a fugir. Após as mortes de Tiridates II e seu filho Khosrov II, Shapur I instalou a Artavasdes IV no trono armênio.
O reino da Armênia no início do século IV |
Sob o imperador Diocleciano, Roma instalou Tiridates III, da dinastia arsácida, como governante da Armênia em 287 e ele estava na posse das partes ocidentais do território armênio. Os sassânidas agitaram alguns nobres a se revoltar quando Narseh se levantou para tomar o trono persa em 293. Roma, no entanto, derrotou Narseh em 298, e o filho de Khosrov II, Tiridates III, recuperou o controle sobre a Armênia com o apoio dos soldados romanos. Durante o reinado de Tigranes VII, o rei sassânida Shapur II invadiu a Armênia. Durante as décadas seguintes, o Reino da Armênia estava dividido entre o Império Romano do Oriente e os persas. A Armênia Ocidental rapidamente se tornou uma província do Império Romano, sob o nome da Armênia Menor; a Armênia Oriental permaneceu como um reino dentro do Império Sassânida até 428, quando a nobreza local derrubou o rei, e os sassânidas instalaram um governador (marzban, guardiões das fronteiras) em seu lugar até 639 quando a Armênia foi conquistada pelos árabes. Em 885, depois de anos de domínio romano, persa e árabe, a Armênia reconquistou sua independência sob a dinastia dos Bagrátidas.
FONTES:
http://en.wikipedia.org/wiki/Arsacid_dynasty_of_Armenia
http://en.wikipedia.org/wiki/Kingdom_of_Armenia_(Antiquity)
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Caucasus_300_map_alt_de.png
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