Arsaces II (em armênio Arshak II, Արշակ Բ) foi rei arsácida da Armênia de 350 até 368. Arsaces II era o segundo filho do rei Tigranes VII que governara a Armênia de 339 até 350, sob a suserania de Roma. A data de nascimento de Arsaces II é desconhecida e pouco se sabe sobre sua vida pregressa. O nome de Arsaces (Arshak) era comum nas casas reais dos partos, pônticos, iberianos e armênios, tendo Arsaces I, também um arsácida, governado a Armênia brevemente entre 34 e 35 d.C. De acordo com o historiador armênio do século V Fausto de Bizâncio, em sua História dos Armênios (livro IV, capítulo 15), Arsaces II foi descrito como sendo peludo e que sua cor era escura. O reinado de Arsaces II é repleto de tensões político-religiosas e intrigas palacianas. Arsaces II é também o personagem-título da primeira ópera armênia, Arshak II, de Tigran Tchouhadjian (1837-1898). É a primeira grande ópera armênia, com coros e balés, e foi montada em 29 de novembro de 1945 no teatro de ópera armênio em Yerevan. Arshak II é uma joia da cultura musical armênia. Em 2001, foi encenada em San Francisco (EUA).
Arsaces II numa ilustração da ópera Arshak II |
Cativeiro Persa
Durante o reinado de Tigranes VII, o rei persa sassânida Sapor II lançou-se numa guerra contra Roma e seus aliados, perseguindo primeiramente os cristãos que viviam na Pérsia e na Mesopotâmia. A guerra de Sapor II, que abalou o prestígio romano no Oriente, alcançou à Armênia. O rei sassânida invadiu o país com o seu exército levando o rei Tigranes VII, Arsaces e outros membros de sua família como reféns, feito conseguido através da traição do camareiro real em ajuda a Sapor II. Arsaces juntamente com membros de sua família foram presos e levados para Ctsifonte, a capital sassânida. Tigranes foi cegado e jogado na prisão após Sapor II tê-lo acusado de conluio com Roma.
Sapor II (Shapur II) |
Do Cativeiro para o Trono
Os nobres da Armênia ficaram furiosos com a brutalidade de Sapor II e seu tratamento para com os membros da família real. Eles pegaram em armas e lutaram contra os persas com a ajuda dos romanos e expulsaram o exército de Sapor II da Armênia. Depois que os persas foram derrotados, Sapor II assinou um tratado de paz e Arsaces II com os membros de sua família foram libertados da prisão. Estando Tigranes VII cego e deprimido por causa de sua experiência no cativeiro, ele abdicou do trono e Arsaces II sucedeu seu pai como rei armênio em 350. Nos primeiros anos de seu reinado, Arsaces II encontrou-se cortejado tanto pelo Império Romano e como pelo Império Sassânida, os quais esperavam trazer a Armênia a seu lado nos conflitos em curso entre eles. O rei persa esforçou-se muito para ganhar a adesão da Armênia, mas o rei armênio se manteve numa posição de neutralidade. Na verdade, Arsaces II permaneceu como um espectador durante as guerras entre Roma e Pérsia até 361, quando por fim se posicionou pelos romanos.
Apesar de ter um reinado conturbado, Arsaces II foi capaz de melhorar alguns aspectos de seu reino e com a ajuda de seu primo São Nerses I fez importantes obras. Destacassem em seu reinado:
• O estabelecimento de muitos mosteiros para isolar monges da pressão da vida cotidiana e ajudar a espalhar o cristianismo (embora o Novo Testamento nada diga sobre a vida monacal);
• A construção de hospitais, orfanatos e leprosários;
• A fundação de muitas escolas que ensinavam o sírio e grego, uma vez que a Bíblia Sagrada era lida nessas línguas na Armênia naquele momento;
• A interdição de casamentos endogâmicos, poligamia, divórcio, rituais pagãos, embriaguez e assassinatos por vingança;
•Práticas tradicionais, como a vingança de sangue ou automutilação como um sinal de dor extrema nos funerais, foram proibidos.
• Incentivou fortemente proprietários de escravos a serem misericordiosos com os escravos e tratá-los mais humanamente.
Não obstante a influência de São Nerses, Arsaces II parece ter favorecido, como seu pai, o arianismo (tradição teológica que nega a divindade de Cristo) sob a influência do imperador romano Constâncio II, que era ariano. Arsaces II focou-se em fortalecer o seu exército. Ele recompensou seus generais leais e puniu severamente aqueles que foram desleais. Ele elaborou um plano ambicioso para povoar a recém-fundada cidade de Arsacesavan: todos os criminosos que se instalassem nela receberiam anistia completa. Cerca de 150.000 pessoas se instalaram na cidade. Sua esperança era criar um grande exército diretamente sob seu comando, mas, muitos na nobreza armênia não concordaram com o plano e, posteriormente, a cidade foi destruída e seus habitantes mortos.
A corte de Arsaces II segundo a montagem da ópera Arshak II (2001) |
Arsaces II e suas mulheres
Antes de sua realeza sobre a Armênia, Arsaces II se casou com uma mulher de nome desconhecido que parece ter morrido antes do ano 358. Ela lhe deu um filho chamado Anob que foi pai do futuro rei armênio Varasdates (374-378). Por volta de 358, Arsaces II casou-se com Olímpias uma nobre grega filha do aristocrata romano Flávio Ablábio. Ele era um rico cretense, importante senador romano na corte de Constantinopla tendo sido cônsul e prefeito romano do Oriente. Flávio Ablábio tinha adquirido grande influência sobre o imperador romano Constantino I e Olímpias tinha sido prometida em casamento a Constante, um dos filhos do imperador, mas quando Constantino I morreu, Constante acabou por não casar-se com Olímpias, embora tenham vivido juntos. Em 350, quando morreu Constante, Olímpias ainda vivia em Constantinopla com os familiares remanescentes do imperador. O imperador Constâncio II, visando atrair a Armênia para o lado romano, redimiu todos os impostos armênios nas terras de propriedade dos reis da Armênia na Ásia Menor. Para reforçar a aproximação, Constâncio II deu Olímpias a Arsaces II em casamento. São Nerses I, ligado a família real, homem erudito e líder da Igreja Armênia, foi enviado por Arsaces II a Constantinopla para trazer Olímpias a Armênia para se casarem. Ela passou a ser conhecida também como Olímpias da Armênia para ser distinguida de tantas Olímpias na historiografia greco-romana. Santo Atanásio de Alexandria, em uma carta dirigida aos anacoretas (monges cristãos que viviam retirados), censura a Constâncio II por fazer casar Olímpias com Arsaces II, uma vez que, segundo ele, Constâncio II cedeu uma mulher culta como Olímpias, digna de ser esposa de um imperador exaltado, para ser esposa de um rei bárbaro (estrangeiro).
Constâncio II |
Quando Olímpias chegou na Armênia com Nerses I casou-se com Arsaces II. Embora Olímpias não houvesse tido filhos com Arsaces II, pareciam ter um casamento feliz, e segundo Fausto de Bizâncio, Arsaces II amava Olímpias. Ela, como esposa legítima e rainha consorte de Arsaces II, usou sua influência sobre o marido para alinhá-lo ainda mais a política e religião dos romanos. Olímpias se tornou uma mulher muito poderosa, rica e influente na sociedade armênia. Quando Constâncio II morreu em 361, Juliano, o Apóstata, o sucedeu como imperador romano. Parece que a partir daí a influência de Olímpias diminui sobre o marido que acabou por casar-se também com P’arrandzem (em armênio Փառանձեմ), mais conhecida como Pharantzem. Pharantzem era da província de Syunik na Armênia. Ela era filha de Andovk, que era naxarar (governador hereditário) da dinastia Siunia em Syunik. Através de seu pai, Pharantzem era descendente de Sisak, aparentado com o lendário patriarca dos armênios, Hayk. Seu tio paterno, Valinak Siak, foi o primeiro naxarar conhecido da dinastia Siunia. A mãe de Pharantzem era uma nobre da família Mamikonian e tinha pelo menos um irmão conhecido chamado Babik (Bagben), que foi naxarar de Syunik em 379. Pharantzem tinha, portanto, suas raízes numa antiga, tradicional e poderosa família da nobreza armênia. Pouco se sabe sobre sua vida pregressa. Pharantzem foi extremamente bem conhecida por sua beleza e modéstia.
Cavalos selvagens na região armênia de Syuinik, terra de Pharantzem |
Pharantzem se casou em 359 com o príncipe armênio Gnel, sobrinho de Arsaces II, filho de seu irmão Tiridates. Durante o reinado de Arsaces II, Gnel era um príncipe popular na Armênia e poderia ter sido visto como um potencial sucessor de seu tio. Dele é dito: mec sepuhn Arsakuni , isto é, grande nobre (ou senhor) dos Arsácidas. Tirit, outro sobrinho de Arsaces II, filho de seu irmão Artaxias, se apaixonou por Pharantzem ao ponto de desejar fazê-la sua mulher e conspirou contra seu primo Gnel caluniando-o para Arsaces II: "Gnel quer governar e matá-lo. Todos os nobres, os naxarars e os azats como Gnel e todos os naxarars da terra preferem seu senhorio sobre eles do que o seu. Agora eles dizem: 'olhemos e vereremos o que você faz, ó rei, de modo que você possa salvar a si mesmo ", relata Fausto de Bizâncio em sua obra. Acreditando nas palavras de Tirit, Arsaces II passou a olhar com desconfiança e rancor a para Gnel e a mostrar-se hostil a ele. Talvez seja nessa época que Arsaces mandou matar seu próprio pai, o velho e cego Tigranes VII. O velho rei foi estrangulado secretamente por seus eunucos. Gnel fugiu com Pharantzem da corte para escapar da ira do rei. Na época do festival de Nawasard (ano novo no antigo calendário armênio, agosto no calendário gregoriano), Arsaces II, alegando que queria se reconciliar com Gnel, atraiu seu sobrinho e Pharantzem a Shahapivan, um acampamento tradicional dos Arsácidas. Ali, o rei o traiu. Quando Gnel foi capturado por soldados de Arsaces II, ele foi levado para uma colina próxima da montanha chamada Lsin onde foi executado. Após a morte e sepultamento de Gnel, foi emitida uma ordem para que se lamentasse sua morte (um luto oficial), uma vez que Arsaces II chorou e lamentou por muito tempo a morte de seu sobrinho. Pharantzem, profundamente entristecida e desolada, lamentou tanto a morte de Gnel que rasgou as roupas, gritava e chorava muito.
Confluência dos rios Araxes e Moorts no distrito de Basen, Armênia |
Tirit, incapaz de controlar seu desejo por Pharantzem, enviou-lhe uma mensagem: "Não lamente muito, pois eu sou um homem melhor do que ele era. Eu tenho amado você e, portanto, trai-o à morte para que eu pudesse tê-la em casamento". Em seu luto Pharantzem, afligiu-se ainda mais, puxando seus cabelos e gritando enquanto lamentava que seu marido tivesse morrido por causa dela, relata Fausto de Bizâncio em sua obra. Quando os armênios, em particular o rei, ouviram os gritos de Pharantzem, Arsaces II começou a vislumbrar a natureza das ações de Tirit e a morte sem sentido de Gnel. Arsaces II ficou chocado com o que aconteceu e lamentava ter assassinado Gnel. Por um tempo, Arsaces II não fez nada contra Tirit, o qual tinha enviado uma mensagem para Arsaces II pedindo autorização para casar com Pharantzem. Quando Arsaces II recebeu a mensagem teve certeza de que Gnel não fora morto por que cobiçava a coroa, mas porque Tirit cobiça-lhe a esposa. Arsaces II planejava matar Tirit por causa do assassinato de Gnel e quando ele soube disso, ficou com tanto medo da ira do rei que fugiu à noite. Arsaces II foi informado de que Tirit havia fugido e ordenou aos seus soldados que o encontrassem e o matassem. Seus soldados encontraram Tirit nas florestas do distrito de Basen e o mataram ali.
Christopher Robertson e Nora Gubisch interpretando Arsaces II e Pharantzem na ópera Arshak II |
Pharantzem Rainha
Após a morte de Tirit, Arsaces II casou-se com Pharantzem, sendo ainda casado com Olímpias, que era a rainha consorte. Assim, conforme os costumes persas, Arsaces II tinha mais de uma esposa. Algum tempo depois de seu casamento, Pharantzem ficou grávida. Em 360 nasceu-lhes um filho, Pap (conhecido também como Papas), o único filho conhecido do casal. A cronologia é incerta: certamente Pap nasceu anos antes já que em 369 terá cerca de 22 anos segundo o historiador Vahan Kurkjian. Embora Pharantzem tivesse dado um filho ao rei, Arsaces II amava mais Olímpias. Registrou-se que Pharantzem o desprezava (Ela dizia: "Fisicamente, ele é peludo, e sua cor é escura", conforme Fausto de Bizâncio). Pharantzem tinha rancor e inveja contra Olímpias. Após o nascimento de seu filho, Pharantzem planejava matar Olímpias por envenenamento. Entretanto, a rainha era extremamente cuidadosa em questões de comida e bebida, só as aceitando quando oferecida por suas próprias criadas. Pharantzem, então, esquematizou que Olímpias fosse envenenada em 361 quando era administrada a ela a eucaristia por Mrjiwnik, um presbítero da corte real.
Cena da ópera Arshak II onde Olímpias, aprisionada em uma torre está cercada por dançarinas que cantam |
Ele misturou veneno ao vinho eucarístico e assim Olímpias foi envenenada e morreu. Pharantzem se tornou a nova rainha armênia. As ações de Arsaces II e Pharantzem, em especial, as mortes de Gnel, Tirit e Olímpias, além das questões teológicas (arianismo), tinham indignado muito a Nerses I, o catholicos (líder máximo) da Igreja Armênia. Nerses I, primo do rei que contribuíra muito na administração real e na expansão do cristianismo no reino, agora denunciava as mazelas da corte. Em conseqüência, a igreja foi totalmente afastada da corte e Nerses I não foi mais visto novamente na corte durante a vida de Arsaces II. Embora Pharantzem fosse hostil a qualquer influência política da Pérsia, suas ações contra Olímpias tornaram a política armênia desfavorável aos interesses cristãos e ela era considerada uma mulher ímpia pela cristandade armênia.
Fim da Neutralidade
Embora procurasse manter sua neutralidade quanto aos conflitos entre o Império Romano e o Império Sassânida, Arsaces II inclinava-se mais para Roma. De acordo com o historiador romano Amiano Marcelino, Arsaces II era um "amigo firme e fiel" dos romanos. Os romanos e os persas entraram em conflito novamente. Em cerca de 360, Sapor II reapareceu na Mesopotâmia, destruiu a cidade romana de Amida (Diarbekir) e matou seus defensores à espada. Entre os soldados das legiões romanas que pereceram havia um grande número de armênios. Sapor II enviou emissários ao imperador Constâncio II, reivindicando a Mesopotâmia e Armênia. O Arsaces II, ciente do perigo iminente ameaçando sua família, retirou-se para as montanhas. O povo do país, aparentemente, assim, deixado à sua sorte, dividiu-se praticamente em dois grupos: um ficou do lado dos persas, enquanto outros, favoreciam os romanos. Muitos foram obrigados a refugiar-se em território romano. Constâncio II rejeitou as exigências persas e foi para o Oriente para liderar seu exército em pessoa. Arsaces II encontrou o Imperador em Cesaréia, e ajudado e incentivado por ele, voltou para a sua capital. Todos aqueles que tinham sido exilados para os territórios romanos também voltaram para a Armênia. Com a morte de Constâncio II (361), Juliano, o Apóstata, torna-se o único imperador romano e herda a guerra contra os persas que enfrentava seu antecessor. Arsaces II encontra o Imperador em Antioquia e esse censurá-lhe por ser cristão e ter abandonado os deuses além de dar-lhe um tratamento humilhante. Não obstante, Arsaces II dá-lhe apoio e recebe instruções para juntar-se a ele em Antioquia, mas o imperador morre na batalha de Ctesifonte (363). Embora os romanos tenham vencido a batalha, Joviano, sucessor de Juliano, incapaz de fazer maior frente aos persas, fez uma paz desonrosa com Sapor II com a qual ele permitiu que os persas assumissem as fortalezas de Nisibis, Castra Maurorum e Singara. Joviano acordou com o rei persa cessar todo apoio romano à Armênia.
A Campanha de Juliano: o Império Romano, a Armênia e o Império Sassânida em 363 |
Arsaces II encontrou-se abandonado pelos romanos e tendo que defender a Armênia sozinho. O rei Sapor II intensificou seus esforços para conquistar a Armênia de uma vez por todas. Ele aliciou dois nobres armênios, Vahan Mamikonian e Meruzhan Artsruni, que se juntaram a sua corte. Os persas rapidamente atacaram, mas não tiveram sucesso, em parte devido à liderança do general Vasak Mamikonian. Vahan Mamikonian e Meruzhan Artsruni devastaram os distritos de Sofene e Akilisene e profanaram os túmulos reais dos Arsácidas em Ani Kamakh. O rei fugiu para a a Ásia Menor e Vasak manteve praticamente sozinho a defesa da província de Ararat. Não obstante a resistência armênia, a situação deve ter se tornado muito complicada, pois Arsaces II, por meio de cartas, estabelece negociações de paz com Sapor II. Diante disso, o imperador romano Valentiniano I executa Tiridates, o irmão de Arsaces II e pai de Gnel, que vivia como refém na corte imperial. Arsaces II e Sapor II encontraram-se e durante uma festa Arsaces II e Vasak Mamikonian foram presos e levados para a Fortaleza do Esquecimento em Ctesifonte. Vasak foi esfolado e seu corpo foi suspenso na porta da prisão. Parece que um dos motivos da prisão repentina de Arsaces II foi que o rei armênio não teria querido se humilhar diante de Sapor II uma vez que a família do rei persa, os Sassânidas, tinha sido vassala da família do rei armênio, os Arsácidas, quando esses governavam o Império Parto. Ante a prisão do rei e a morte do principal guerreiro armênio, Pharantzem e seu filho Pap pegaram o tesouro armênio e esconderam-se na fortaleza de Artogerassa (Artakers), que era defendida por uma tropa de azats (cavaleiros, baixa nobreza armênia).
Desenho de Arsaces II para a opera Arshak II |
Do Trono para o Cativeiro
A invasão da Armênia foi liderada por Cylaces (também conhecido como Cylax ou Zig) e Artabanes (também conhecido como Artabnan Karen), dois armênios que desertaram para Sapor II. Cylaces e Artabanes também foram apoiados pelos nobres armênios desertores Vahan Mamikonian e Meruzhan Artsruni. Sapor II quis suprimir o reinado dos Arsácidas na Armênia e substituir a dinastia por administradores persas e tradicionais senhores aristocratas armênios. Estando aprisionado, Arsaces II não foi capaz de deter a invasão sassânida da Armênia. Sapor II conquistou a Armênia e tentou converter cristãos armênios ao zoroastrismo, que era a religião oficial dos persas. Algum tempo, em 369 ou 370, um armênio chamado Trastamat visita o rei Arsaces II na prisão. Durante sua visita a Arsaces II, o rei relembrou seus dias de glória e se sentindo deprimido, tomou a faca de seu visitante e se matou. Trastamat, transtornado com o que tinha acabado de presenciar, tomou a faca do peito de Arsaces II e esfaqueou-se também. "Arshak não teve o poder de coragem, inteligência e vontade necessárias de um soberano cujo destino era oferecer forte resistência à invasão estrangeira, e para tentar, em vão, unificar e solidificar um reino feudal, cujo alguns nakharars mostraram uma tendência para minar o centro da autoridade. Mas ele cometeu muitos erros e crueldades que ofuscaram suas virtudes e contribuiu para seu trágico fim." (Vahan M. Kurkjian em A History of Armenia).
A Resistência da Rainha
Pharantzem manteve sua resistência em Artogerassa, mas iniciou as negociações com Cylaces e Artabanes para a entrega da fortaleza durante esse tempo, os quais permitiram que Pap fosse enviado para a Anatólia à corte do imperador romano Valente. Sapor II se concentrou em conquistar a fortaleza de Artogerassa e concluir a tomada da Armênia. As forças persas capturaram a fortaleza depois de dois anos em que Pharantzem bravamente defendeu-se a si mesma e aos armênios sob sua tutela. A fome e a doença haviam deixado poucos sobreviventes dos 11.000 soldados e 6.000 mulheres que haviam se refugiado na fortaleza. Pharantzem e o tesouro real armênio foram levados para o palácio de Sapor II, o qual querendo humilhar a Armênia, deu Pharantzem a seus soldados que brutalmente a estupraram até a morte. Entre 368 e 370 a Armênia foi governada por governadores de Sapor II até que Pap, filho de Arsaces II e Pharantzem, recuperasse a Armênia em 370 com o apoio dos romanos.
A Resistência da Rainha
Pharantzem manteve sua resistência em Artogerassa, mas iniciou as negociações com Cylaces e Artabanes para a entrega da fortaleza durante esse tempo, os quais permitiram que Pap fosse enviado para a Anatólia à corte do imperador romano Valente. Sapor II se concentrou em conquistar a fortaleza de Artogerassa e concluir a tomada da Armênia. As forças persas capturaram a fortaleza depois de dois anos em que Pharantzem bravamente defendeu-se a si mesma e aos armênios sob sua tutela. A fome e a doença haviam deixado poucos sobreviventes dos 11.000 soldados e 6.000 mulheres que haviam se refugiado na fortaleza. Pharantzem e o tesouro real armênio foram levados para o palácio de Sapor II, o qual querendo humilhar a Armênia, deu Pharantzem a seus soldados que brutalmente a estupraram até a morte. Entre 368 e 370 a Armênia foi governada por governadores de Sapor II até que Pap, filho de Arsaces II e Pharantzem, recuperasse a Armênia em 370 com o apoio dos romanos.
http://en.wikipedia.org/wiki/Arshak_II
http://de.wikipedia.org/wiki/Nerses_I._der_Gro%C3%9Fe
http://rbedrosian.com/pb7.htm
http://ww3.hdnux.com/photos/10/42/77/2240474/7/628x471.jpg
http://en.wikipedia.org/wiki/Dikran_Tchouhadjian
http://en.wikipedia.org/wiki/Pharantzem
http://en.wikipedia.org/wiki/Olímpiass_of_Armenia
http://www.cais-soas.com/CAIS/Images2/Sasanian/artifacts/Sculpture/shapur_II_head.jpg
http://www.aveclassics.net/news/2012-03-07-1781
http://www.sfgate.com/magazine/article/Design-by-Zahid-Sardar-Making-the-Scene-In-2870068.php
http://www.mobli.com/arisone/23674199/wild-horses-of-armenia-from-the-syunik-region
http://www.sfgate.com/performance/article/In-Verdi-s-shadow-Derivative-Arshak-is-mainly-2881180.php
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Julian_Campaign_363.png
http://a3.ec-images.myspacecdn.com/images02/129/691873934a0041149dc751c386a784a0/l.jpg
http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Gazetteer/Places/Asia/Armenia/_Texts/KURARM/19*.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Tiran_of_Armenia
Nenhum comentário:
Postar um comentário